Porto Alegre, Brazil: The World Is Our Country (Eng/Port/Esp)

PortoAlegre

Received on 10.10.17, English & Español language versions translated from the original Portuguese language article on Contra Info website.

The joke of bad taste that is the movement “O Sul é Meu País” (The South is My Country) has realized another supposed “popular consultation” (of which only the separatists actually participated) in some cities of the states that compose their dream of a new country.

Today we dropped a banner from a bridge on a busy avenue of Porto Alegre with the words “O Mundo é Meu País!” (The World is My Country!). We want to remind all
people that no country, new or old, will  solve our problems or give us the freedom we want! On the contrary, more borders further restrict people’s freedom. Especially in a country based on regionalism and Eurocentric notions.

Separatists argue that is not possible to identify what in fact unites people born in Brasil. We can only agree. But that’s because all nations are abstractions! Borders are nothing more than arbitrary separations, based on superficial or invented similarities that ignore
the original people, such as the Guarani people who inhabit the not only the region of three states, but also other parts of Brasil as well as Paraguay and Argentina. Nations are born motivated by forced migration, genocides and ethnic cleansing. A  nation, however small, is an abstraction that serve us nothing. And in this case, even worse, because it is racist when it is based on a European ancestry.

These newly invented borders allow us to paint as an enemy whoever is on the other side of the line, and thus control us all even more (and send us to pointless wars). In the case of the movement “O Sul é Meu País” (The South is My Country) this enemy is created by positioning the southern states as exploited by the northern states. They go so far as to say that the southern states are like a colony separate from the rest of the country. This
myopic view generates a scapegoat and obfuscates those who are really responsible for scarcity and crisis.

Capitalizing on the growing rejection of partisan politics, the movement balances on a tightrope by declaring itself non-partisan, seeking to appear neutral. Despite this, their leadership cannot hide their neoliberal and right-wing tendencies that are bordering on fascism. In fact, the independence of the south is even a part of the platform of neo-nazi movements.

Defenders of the separation of the three southern states say that  “Brasíllia does not represent us”, but they want to replace it with another government that, like every government, is a tool to control and oppress the people. Yes, Brasíllia (capital of Brazil) does not represent us, but Piratini (capital of this new country) does not represent us either. No one represent us. We are ungovernable!

No more countries! For the end of ALL borders!

******

Porto Alegre, Brasil: Nosso País É o Mundo

A piada de mau gosto que é o movimento “O Sul é Meu País” realizou mais uma suposta “consulta popular” (da qual na verdade só participam os próprios separatistas) em algumas cidades dos estados que compõem seu sonho de novo país.

Hoje esticamos uma faixa em uma movimentada avenida de Porto Alegre com os dizeres “O Mundo é Meu País!”. Queremos lembrar a todas as pessoas que nenhum país, novo ou antigo, será a solução de nossos problemas ou nos dará a liberdade que queremos!  Pelo contrário, mais fronteiras restringem ainda mais a liberdade das pessoas. Principalmente em um país fundado com base em noções bairristas e eurocêntricas.

Os separatistas argumentam que não é possível identificar o que de fato une culturalmente as pessoas nascidas no Brasil. Não podemos deixar de concordar. Mas isso porque todas as nações são abstrações! As fronteiras nada mais são do que separações arbitrárias, baseadas em semelhanças superficiais ou inventadas e que ignoram os povos originários, como o povo Guarani que habita a região dos três estados, mas também outras partes do Brasil e também do Paraguai e Argentina. Nações nascem motivadas por migrações forçadas, genocídios e limpeza étnica. Uma nação, por menor que seja, é uma abstração que não nos serve de nada. E neste caso, ainda pior, pois é racista ao se basear em uma ancestralidade europeia.

Essas fronteiras recém inventadas permitem pintar como inimigo quem está do lado de lá da linha, e assim controlar a todxs nós ainda mais (e nos mandar para guerras infundadas). No caso do movimento “O Sul é Meu Pais” cria-se esse inimigo ao colocar os estados do sul como explorados pelos estados mais ao norte. Chegam ao ponto de dizer que os estados do sul são como uma colônia do resto do país. Essa visão míope gera um bode expiatório e ofusca os reais responsáveis pela escassez e crise.

Capitalizando na crescente repulsa à política partidária, o movimento se equilibra numa corda bamba ao se declarar apartidário, buscando parecer neutro. Apesar disso, suas lideranças não conseguem esconder suas tendências neoliberais e de direita, beirando fascismo. De fato, a independência do sul é inclusive uma pauta de movimentos neonazistas.

Defensores da separação dos três estados do sul afirmam que “Brasília não nos representa”, mas querem substituí-la por outro governo que, como todo governo, é uma ferramenta para controlar e oprimir a população. Sim, Brasília não nos representa, mas o Piratini também não nos representa. Ninguém nos representa. Somos ingovernáveis!

Nenhum país a mais! Pelo fim de TODAS as fronteiras!

******

Porto Alegre, Brasil: Nuestro País És El Mundo

La broma de mal gusto que es el movimiento “O Sul é Meu País” (El Sur Es Mi País) realizó una vez más una supuesta “consulta popular” (de la cual en realidad sólo participan los propios separatistas) en algunas ciudades de los estados que componen su sueño de nuevo país.

Hoy hemos estirado un lienzo en una concurrida avenida de Porto Alegre con las palabras “O Mundo é Meu País!” (!El Mundo es Mi País!). Queremos recordar a todas las peesonas que ningún país, nuevo o antiguo, será la solucción de nuestros problemas o nos dará la libertad que queremos! Por el contrario, más fronteras restringen aún más la libertad de las personas. Principalmente en un país fundado en base a nociones bairriales y eurocéntricas.

Los separatistas argumentan que no es posible identificar lo que de hecho une culturalmente las persona nacidas en Brasil. No podemos dejar de estar de acuerdo. ¡Pero eso porque todas las naciones son abstracciones! Las fronteras no son más do que separaciones  arbitrarias, basadas en semejanzas superficiales o inventadas y que ignoran a los pueblos originarios, como el pueblo Guarani que habita la región de los tres estados, pero también otras partes de Brasil y también de Paraguay y Argentina. Naciones nacen motivadas por migraciones forzadas, genocidios y limpieza étnica. Una nación, pequeña que sea, es una abstracción que no nos sirve de nada. Y en este caso, aún peor, pues es racista al basarse en una ancestralidad europea.

Esas fronteras recién inventadas permiten pintar como enemigo quien está del lado de allá de la línea, y así controlar a todxs nosotrxs aún más (y mandarnos para guerras infundadas). En el caso del movimiento “O Sul é Meu País” (El Sur Es Mi País) se crea ese enemigo al colocar los estados del sur como explotados por los estados más al norte. Llegan al punto de decir que los estados del sur son como una colonia del resto del país. Esa visión míope genera un chivoe expiatorio y ofusca a los reales responsables de la escasez y la crisis.

Capitalizando en la cresciente repulsa a la política partidista, el movimiento se equilibra en una cuerda floja al declararse apartidario, buscando parecer neutro. A pesar de eso, sus liderazgos no logra ocultar sus tendencias neoliberales y de derecha, bordeando el fascismo. De hecho, la independencia del sur es incluso una pauta de movimientos neonazis.

Los defensores de la separación de los tres estados del sul afirman que “Brasília no nos representa”, pero quieren substituirla por otro gobierno que, como todo gobierno, es una hierramienta para controlar y oprimir a la población. Si, Brasília no nos representa, pero Piratini (capital de ese nuevo país) también no nos representa. Nadie nos representa ¡Somosingovernables!

¡Ningún país más! Por l fin de TODAS las fronteras!

 

This entry was posted in Anti-Nationalism, Antifascism, Banners, Brazil, No Borders, Porto Alegre. Bookmark the permalink.